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A MENTIRA SOBRE O “ABANDONO INTELECTUAL”

Com a derrota do argumento “falta de socialização” na prática do Homeschooling, o alvo passou a ser a alegação de um suposto “abandono intelectual” da criança ou jovem, pelo fato não frequentar um espaço educacional que esteja de alguna forma vinculado ao MEC; tanto se faz parte do setor privado, quanto se faz parte do setor público.

Mas antes de qualquer julgamento equivocado à respeito, precisamos fazer um exercício prático e pedagógico; que é simplesmente consultar em um bom dicionário o significado das duas palavras que formam a tão utilizada expressão.

A palavra abandono significa ação de deixar uma coisa, uma pessoa, uma função, um lugar: abandono da família; abandono do posto; abandono do lar. Esquecimento, renúncia: abandono de si mesmo e a palavra intelectual é uma derivação da palabra intelecto que vem do latim intellectus que significa faculdade de entender; entendimento ou inteligencia, atividade cognitiva inata ao ser humano, com a capacidade para dar sentido, restrições, regras e dimensões ao universo e seus habitantes.

Quando o abandono intelectual acontece tanto por parte da familia, quanto de parte das instituições de ensino públicas, significa que uma das partes deixou de cuidar do desenvolvimento individual do estudante. Não é o cenário dentro de um lar onde os pais ou responsáveis decidem assumir o protagonismo na formação intregal de seus filhos.

Se trata de um mito mal-intencionado e enviesado que vem sendo propagado por aqueles que nada sabem ou entendem sobre a prática da Educação Domiciliar ou Homeschool. Em se tratando de Brasil, é possível identificar as motivações que levam as famílias a tomarem essa decisão e entre as principais; estão justamente as questões relacionadas com a deficiência do Estado em cumprir com o Artigo 205 da Constituição que diz: “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, tendo como objetivo ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

Se por justiça fosse regida a nossa nação; as instituições públicas de ensino estariam em maus lençóis, pois assistimos dia após dia a degradação ética, moral e pedagógica que vem sofrendo a educação brasileira e sem muita esperança de uma mudança significativa.

A quem deveriamos cobrar quando sabemos que existem jovens em idade de Ensino Médio que simplesmente não estão alfabetizados ou são simplesmente analfabetos funcionais?

A quem deveriamos responsabilizar, quando ficamos em 65º lugar no ranking do PISA que mede o desempenho intelectual dos nossos estudantes, ao Estado ou às famìlias?

Porque a Constituição é clara quando ressalta que a Educação é um dever do Estado e da família e se a instituição pública não cumpre com o seu dever; quem deveria assumir esse papel sem qualquer retalhação, é a família. Mas infelizmente não é o que acontece na prática, pois as famílias que decidem educar os seus filhos de forma intregal sem contar com a ajuda do órgão público; são denunciadas, perseguidas e marcadas como criminosas, quando na realidade apenas lutam para recuperar o tempo perdido de seus filhos dentro das escolas.

Antes de continuar gostaria de deixar claro que esse artigo não é um ataque aos professores competentes que ainda lutam pela educação do nosso país; pois conheço pessoalmente a excelentes educadores que também sofrem com sucateamento da educação no Brasil, mas que infelizmente não têm o poder de influência como para conseguir realizar uma mudança significativa em nosso sistema. O Sistema é o grande causador da deficiência que ao mesmo tempo nos tenta vender as “muletas” que nos ajudarão a seguir caminhando ao sucesso educacional. Seria cômico se não fosse extremamente trágico, ao ponto de colocar em jogo o futuro do desenvolvimento de uma nação.

E para concluir senhoras e senhores, os aconselho que antes de julgar, denunciar e perseguir à uma família educadora; façam uma análise de à quantas anda o desenvolvimento intelectual do seu filho(a). E por favor, não recebam como uma ofensa e sim como uma chamada de atenção ao real abandono intelectual que vem acontecendo há pelo menos trinta anos em nosso país.

Deus te abençoe!

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